quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Citação

“Não acrediteis numa coisa, apenas por ouvir dizer. Não acrediteis na fé das tradições, só porque foram transmitidas por longas gerações. Não acrediteis numa coisa só porque é dita e repetida por muita gente. Não acrediteis numa coisa só pelo testemunho de um sábio antigo. Não acrediteis numa coisa só porque as probabilidades a favorecem ou porque um longo hábito vos leva a tê-la por verdadeira. Não acrediteis no que imaginastes, pensando que um ser superior a revelou. Não acrediteis em coisa alguma apenas pela autoridade dos mais velhos ou dos vossos instrutores. Mas, aquilo que vós mesmos experimentastes, provastes e reconhecestes verdadeiro, aquilo que corresponde ao vosso bem e ao bem dos outros. Isso deveis aceitar, e por isso moldar a vossa conduta”.
Buda

Como uma luva, não?


Ainda nos comerciais...

Pois é, eles se vão. Mais uma geração de lutadores. Vencedores? Talvez, mas quem pode julgar, e quais os quesitos de avaliação?

Sucesso?
Riqueza?
Posses?
Fama?
Poder?

Não, nenhum desses.

Fama. Sucesso. Algo instável. Ou são esquecidas antes do fim de sua vida, ou só surge após o fim dela. Raros são os casos que são exceção. E hoje, com a fama produzida em níveis industriais, fica mais difícil alguma fama durável.

Riquezas, posses, poder? Sobre isso, ha uma frase do Filme Conan, o Bárbaro, que tentarei refazer aqui:

“Quando a sala do trono esvaziar, as armas enferrujarem, os rubis perderem o brilho, e as tapeçarias alimentarem as traças, tudo o que restará será o amor dos pais por seu filho”

Ou o contrário

Apenas o Caráter perdura, na memória dos que conviveram com eles, ou nos ensinamentos que deixaram


Boa Viajem. Fizeram sua parte, como as gerações anteriores.


Farei tudo para não desapontá-los.
Sentirei vossa falta

Fi

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007
Bizarrices Nostálgicas

Pois é...todo mundo fala hoje em dia dos anos 80...época boa e tal. Não poderia deixar de contribuir...:-) Não, não alterei em nada a...bem...sinopse do filme hehe

FUSCÂO PRETO



Rui, o prefeito, está emprenhado (quem comeu o prefeito?) em persuadir Lucena e substituir sua criação de cavalos por plantação de cana e, juntos, instalarem uma usina de álcool. Para isso, força o casamento de seu filho Marcelo, com Diana, filha de Lucena. O Fuscão Preto interfere nessa trama. Assistindo o desenrolar desse conflito está Lima, que, como Marcelo, busca sua forma de vencer o Fuscão, seu rival, através do que melhor sabe fazer: domar. Cleide representa a "outra" na vida de Marcelo. Permeando toda a história e, de certa forma, se contrapondo, estão os dois meios, o urbano, com suas festinhas, papos de bares, clubes, etc. e o rural, com suas modas de viola, a vida na fazenda, e seus personagens ingênuos. O Fuscão Preto faz o elo da ligação, criando um clima de medo e curiosidade para os dois lados e conduzindo a estória a um final inesperado.

Ficha Técnica

Título Original: Fuscão Preto
Gênero: Aventura (HÃÃÃÃÃÃÃ?)
Tempo de Duração: 100 min.
Ano de Lançamento (Brasil): 1983
Distribuição: U.C.B.
Direção: Jeremias Moreira Filho
Roteiro: Francisco de Assis
Produção: Enzo Barone, Ennio Barone e Mobile Cinematográfica
Música: Pedro Luiz Nobile
Fotografia: Pedro Pablo Lazarini
Desenho de Produção: Suzane Bernard
Figurino: Suzane Bernard
Edição: Alberto Duran, Vanderley Klein e Tuta Elias

Elenco( QUÊ???)

Almir Rogério (Lima)
Xuxa Meneghel (Diana) ( Sim, a própria...)
Monique Lafond (Cleide)
Denis Derkian (Marcelo)
Dionísio Azevedo (Lucena)
Mario Benvenuti (Rui)
Zé Coqueiro
Filoca
Dalmo Perez
Suely Aoki
Florinda Lopez, Jaci Ferreira
Márcia Cheroto
Janete Santos
Mogiano & Mogianinho
Juarez Fagundes
Marcos Pontes
Sérgio águia Chileno
Nelson Pereira
Márcia Aoki

domingo, 3 de dezembro de 2006
Canção de Ninar

Não sei o que acontece hoje em dia. Pq as boas músicas sumiram? será que os temas se esgotaram? e, se esgotaram, pq não voltamos a falar de velhos temas?
Essa é uma das minhas favoritas, tão simples, e tão direta. Pena que hoje (para muitos) não faça sentido e seja sem graça;
Pena mesmo...pra eles

Call, essa é pra você.

Rock and roll lullaby


She was just sixteen and all alone
Ela tinha apenas 16 anos e estava completamente sozinha

When I came to be.
Quando eu cheguei para ficar.

So we grew up together
Então nós crescemos juntos,

My mama child and me.
Minha mãezinha-criança e eu.

Now things were bad and she was scared
Agora as coisas estavam ruins e ela estava assustada

But whenever I would cry she'd calm my fears
Mas sempre que eu iria chorar, ela acalmava meus medos

And dry my tears
E enxugava minhas lágrimas

with a rock'n'roll lullaby
com uma canção de ninar de rock'n'roll.

And she'd sing
E ela cantava:

Sha-la-la-la-la-la-la-la-la, it'll be alright
“sha-la-la-la-la-la-la-la-la, vai ficar tudo bem.

Sha-la-la-la-la-la-la-la, now just hold on tight
Sha-la-la-la-la-la-la-la-la, agora apenas agüente firme."

Sing it to me mama, [my, my, my, my mama]
Cante-a para mim, mãezinha, [minha mãezinha...]

Sing it sweet and clear oh mama let me hear
Cante-a doce e claro, mãezinha, deixe-me ouvir

That old rock'n'roll lullaby
Aquela velha canção de ninar de rock'n'roll.

Now we made it through the lonely days
Agora nós sobrevivemos aos dias solitários,

But, Lord, the nights were long
Mas, Senhor, as noites eram longas.

And we'd dream of better mornings
E nós sonhávamos com manhãs melhores

When mama sang the song
Quando mamãe cantava a canção.

Now I can't recall the words at all
Agora eu não consigo lembrar as palavras de jeito nenhum,

It don't make sense to try
Não faz sentido tentar...

'Cause I just knew lots of love came through
Pois eu simplesmente sabia que muito amor surgia através

In that rock'n'roll lullaby
Daquela canção de ninar de rock'n'roll.

And she'd sing
E ela cantava:

Sha-la-la-la-la-la-la-la-la, it'll be alright
“Sha-la-la-la-la-la-la-la-la, vai ficar tudo bem.

Sha-la-la-la-la-la-la-la now just hold on tight
Sha-la-la-la-la-la-la-la-la, agora apenas agüente firme."

I can hear you mama, [my, my, my, my mama]
Eu posso te ouvir mãezinha [minha mãezinha...]

Nothing heals my soul like the sound of the good old
Nada cura minha alma como o som da boa e velha

Rock'n'roll lullaby
Canção de ninar de rock'n'roll...

quarta-feira, 29 de novembro de 2006
Vida. Morte. E um Vôo no Meio





No Youtube (não creio que seja necessário explicar o que é isso, se você não andou fora do planeta nos últimos meses ), aparecem algumas coisas interessantes. Uma deles, é o Vídeo abaixo

http:/www.youtube.com/watch?v=sdUUx5FdySs


Desnecessário comentar sobre como a animação esta bem feita. Nem sobre como o autor, conseguiu criar uma bela Fábula sobre um Kiwi (Grande parênteses: Kiwi, além de ser um fruta, também é uma ave, incapaz de voar. Nativa da Nova Zelândia, é o animal símbolo da nação).

Vida todos nós temos, embora não a valorizemos. Que tipo de vida será, quanto durará, o que será feito, varia de um para outro. A morte também varia, mas essa, é inconteste. Como já disse Neil Gaiman, a morte, é o preço e grande momento da vida. É o que nos dá sentido, importância e significado. Agora, que significado?

Uma vida passada sem realizações, também será uma morte sem importância. O que dá valor ao que se perde, é tudo o que foi feito, o que se sacrificou, o que se fez, se lutou, se acreditou. Mesmo que o preço final seja grande.

No caso do nosso belo Kiwi, o que ocorre? Ele tinha a vida dele, sossegada, tranqüila, como todo Kiwi. E. não aceitava o fato de que não poderia ter a alegria de voar, apenas por que não fora dotado pela natureza para isso. De forma alguma.

Com engenhosidade, coragem e determinação, achou uma forma de voar, de se sentir pleno, e realizado, uma vez que lhe surgiu um questionamento que lhe consumiu: Por quê não posso voar?!

Durante seu primeiro (e último vôo .sim , prefiro acreditar que foi o último. Só assim, grandes sacrifícios tem valor), Lágrimas escorrem. Medo da morte? Não. A morte é a conclusão de uma meta, o preço a pagar. E um preço pequeno, perante a realização de um sonho, a alegria do trabalho completado, da meta alcançada, da vida COM significado.

Às vezes, nos assustamos com o fato de pessoas se oferecerem voluntariamente como homens-bomba (ou mulheres), no Oriente médio. Ou, os pilotos Kamikaze, na II Guerra Mundial. Não conseguimos entender por que eles se matam. Questionável o fato de quererem alcançar a redenção, através da dor alheia, ok, mas, a auto imolação é vista como um ato Glorioso, que dá significado a vida deles, pois lutam por algo que realmente acreditam.

No ocidente Cristão, não conseguimos ter essa visão, devido à nossa religiosidade (um dos Mandamentos nos proíbe violar a santidade do nosso corpo, pois ele é o tempo da alma. Isso, fora o medo de não irmos para o Descanso Eterno). O mais próximo que conseguimos disso, foram com os mártires cristãos, no Império Romano. O que eu contesto; Não acredite que alguém espere placidamente um leão atacar.

No ocidente, há um medo da morte muito grande, por uma razão. Não conseguimos ver metas espirituais em nossos atos, apenas materiais. Não conseguimos nos sentir realizados. Por isso que temos medo. Somos vazios. Procuramos espiritualidade na Yoga, no Feng Shui, nos templos da Igreja Universal, nas novenas...não adianta. A espiritualidade esta em nós. Ë conosco que devemos encontrar nossa paz. Mesmo que isso envolva um grande sacrifício. Mesmo que isso envolva a morte como tributo final.
Tenho Inveja desse Kiwi.


domingo, 19 de novembro de 2006
A AGUIA E A TARTARUGA

Ao sopé de uma gigantesca montanha, confabulando amistosamente, estavam a Águia e a Tartaruga. Falavam sobre superar limites, e atingir objetivos.
A Águia, poderosa rainha dos ares, dizia não haver lugares inatingíveis, e nem metas que não pudesse alcançar. A envergadura de suas asas permitia que fosse a qualquer lugar. Era soberana e tinha a segurança que apenas tem, quem sabe do seu real potencial.
A meiga Tartaruga, a quem a Paciência já havia ensinado grandes lições, falava sem pressa. Contava sobre pequenos detalhes, que, ao longo de sua caminhada, haviam entrado pelos seus olhos, e marcado seu coração.
A Águia, sempre sedenta por aventuras, propôs um desafio á Tartaruga. Subiriam a montanha, para lá do alto, ver o mar. Queria mostrar para sua amiga, o tamanho real do mundo. O horizonte visto do alto, era de uma beleza impar. Empolgada, descreveu o aprendizado que sua alma faminta, já assimilara. A Tartaruga, conhecendo a velocidade de seus passos, soube que este desafio muito lhe custaria. Talvez a metade de sua existência. Mas, queria ver o que havia lá no alto.
Olharam-se, sorridentes, e começaram sua aventura. O farfalhar das asas da Águia, ergueu poeira, e em instantes, sumiu das vistas da Tartaruga.
E esta, movendo-se no ritmo que lhe fora conferido pela Vida, foi subindo lentamente. Seu corpanzil pesado tinha muita dificuldade para se mover naquele terreno irregular. Durante o trajeto, muitas vezes tropeçava na falta de experiência, e rolava morro abaixo. Mas, depois de se refazer, recomeçava a caminhada. A trilha era estreita, e muitas vezes, ela parava para dar passagem a outros animais, que subiam ou desciam, e sempre gentil, oferecia-lhes seu sorriso.
Alimentava-se da vasta vegetação, e seu paladar provou novos sabores. Alguns amargos, mas outros absurdamente tenros e macios. Olhando ao redor, para não perder nenhum detalhe, deu-se conta de que havia flores, ornamentando o caminho, e estas, com seu perfume, derramavam alento, dentro de seu coração.
Enquanto a Tartaruga se empenhava em subir, tomando muito cuidado com as quedas, a Águia, há muito já alcançara o topo. Aliás, não demorara quase nada, e agora, no alto de uma frondosa árvore, se perguntava quanto tempo levaria a Tartaruga, para vir a ter com ela.
Esperou dias e noites. E aquela paisagem, sempre encantadora, foi tornando-se cansativa, e ela ansiou por sair dali. Precisava alçar vôo, traçar novas metas. Tinha sido tão fácil chegar, e agora se perguntava porque incentivara a pobre Tartaruga a subir. Não seria possível esperar por ela. A Vida se agitava dentro das suas veias, e estagnar significava matar seu espírito. Morreria, se ficasse. Precisava estar em constante movimento, para que suas asas não atrofiassem. Olhou para baixo, e nem sinal da Tartaruga. Então, seu piado forte, cortou o silêncio, enquanto ela cortava o céu, e voou dali.
Anos mais tarde, completamente exaurida, chegou a Tartaruga ao topo. Durante este tempo todo, enquanto caminhava, e quando o cansaço minava as suas forças, era nas palavras da Águia que ela pensava. Veria algo novo. Veria um novo mundo. E este pensamento foi seu alimento. A cada vez que quase sucumbia, tentava visualizar aquele horizonte, descrito pela Águia, e então, cantarolante, começava tudo outra vez.
Seus passos eram constantes. A subida não lhe conferira uma nova velocidade. Muitas vezes, havia sido muito duro, olhar para o alto, e ver o quanto ainda faltava. Então, ela olhava para os lados. E olhava atrás de si. E, orgulhosa constatava que, mesmo que morresse ali, que jamais atingisse seu objetivo, jamais em sua vida, havia feito algo igual.
Faltava pouco agora, para que conhecesse um mundo novo. Mais alguns arbustos e estaria no topo da montanha. Seu coração batia apressado, seu corpo tremia de ansiedade e excitação. Então, a cortina se abriu. Tudo o que vivera até então, não se comparava ao que estava sentindo. Lá estava o horizonte se encontrando com o mar gigante. Ambos se tocavam, numa suave carícia, e o sol, nascia da união dos dois. Vinha saindo, todo matreiro, de dentro do mar, e erguia-se sobre a Terra.
Nesta hora, duas lágrimas suaves, brotaram nos olhos da Tartaruga. Mentalmente agradeceu á Águia, pelo incentivo que lhe dera. Sabia que não a encontraria ali. Sempre soubera. A Águia plantara dentro dela, um par de asas gigantes. Apostara em sua persistência, e graças a ela, a Tartaruga se tornara única, entre todas as Tartarugas.
Com um suspiro emocionado, recolheu-se dentro de seu casco, e dormiu serenamente.

terça-feira, 26 de setembro de 2006
Solidão

Dizem que, a solidão, é um grande problema dos dias atuais, iniciado ainda, ao século 20, e com forte tendência de se agravar.
Em verdade, a solidão é realmente, um fardo, a partir do momento em que, não há prazer de se estar apenas consigo, em que a própria companhia é desagradável.
Não faço aqui apologia a uma vida eremita, mas, por quê hoje em dia, busca-se tanto companhias, que são tão vazias, e só ampliam o vazio interior, tornando-as ainda mais solitárias? Procuramos água no deserto, e bebemos areia, não porque temos sede, mas porque, não sabemos a diferença.
Companhia é muito bem vinda sim, mas, companhia de qualidade. Assim, se você, não se sente bem consigo mesmo, certamente, não é uma boa companhia a outras pessoas também. Eis ai, a raiz da verdadeira solidão.

Gostaria de poder falar mais sobre isso, mas encontrei 2 textos, de certa forma, contemplativos, que são mais profundos.


"Whosoever is delighted in solitude is either a wild beast or a god."
Aristotle

SOLITUDE

Happy the man, whose wish and care
A few paternal acres bound,
Content to breath his native air
In his own ground.
Whose herds with milk, whose fields with bread,
Whose flocks supply him with attire;
Whose trees in summer yield him shade,
In winter, fire.

Blest, who can unconcernedly find
Hours, days, and years slide soft away
In health of body, peace of mind;
Quiet by day.

Sound sleep by night; study and ease
Together mixed, sweet recreation,
And innocence, which most does please
With meditation.

Thus let me live, unseen, unknown;
Thus unlamented let me die,
Steal from the world, and not a stone
Tell where I lie.

Alexander Pope

terça-feira, 26 de setembro de 2006
Não sou muito de poesias...

Contudo, esta, me pareceu uma que valia a pena publicar, pois, parece-me que retrata de maneira muito sensível, dores que acontecem a todos nós, em algum momentos de nossas vidas

Volto no tempo.
Nosso último encontro.
Olho para ti.
Recordo quando te conheci.
Os anos passaram...
Quantos?
Uma eternidade, se contados pelo meu amor.
Sem pressa, esquadrinho o teu rosto
E percebo, com ternura,
As marcas,
Que o tempo gravou em tua face.

Alguns vincos a mais,
Ainda esse rosto querido.
Nuvens de indiferença,

Uma certa amargura contida,
Nesse teu sorriso de menino.

Por uma auréola de perplexidade
Diante da vida.

Viajo para dentro de ti.
A pérola oculta.
Os anos passaram...
Quantos?
Uma vida, se contados pelo teu amor.
E percebo, com melancolia,
Que o tempo nada gravou á meu respeito.

Teu rosto e tua alma...
Teu rosto mostrando os sinais do tempo.
Tua alma dormindo no passado.
Contrastes que te impuseste.
Retrato das tuas escolhas
De permaneceres fechado
No círculo invisível da tua decisão
De não te entregares à vida,
De não te entregares ao amor,
De não te entregares.

Olhando nos seus olhos,
Sinto a distância que nos separa.
Por causa deste amor,
Sonhei, sorri, chorei...
Caminhei, cresci.
E tu, perdido nas divagações
Das decisões estéreis,
Permanece estático,
Exatamente,
Onde te encontrei pela primeira vez.

Torno ao presente.
Procuro e não encontro
A doçura dorida
Da minha saudade de ti,
Um lampejo da antiga chama
Do meu desejo de ti.
Minha alma não ecoa na tua:
O encanto acabou.
Meu corpo não responde ao teu:
É fogo morto.
Constato, com uma certa nostalgia:
Mais que uma amante.
Perdeste um amor.

É hora de ir.
Seguir meu caminho,
mesmo que seja dolorido.

terça-feira, 1 de agosto de 2006


1ª semana:
- Hoje completei uma semana de vida. Que alegria ter chegado a este mundo!

1º mês:
- Minha mamãe cuida muito bem de mim. É uma mãe exemplar!

2 meses:
- Hoje me separaram de minha mamãe. Ela estava muito inquieta e, com seu olhar, disse-me adeus. Espero que a minha nova "família humana” cuide tão bem de mim como ela o fez.

4 meses:
- Cresci rápido; tudo me chama a atenção. Há várias crianças na casa e para mim são como "irmãozinhos". Somos muito brincalhões, eles me puxam o rabo e eu os mordo de brincadeira.

5 meses:
- Hoje me deram uma bronca. Minha dona se incomodou porque fiz "pipi" dentro de casa. Mas nunca me haviam ensinado onde deveria fazê-lo. Além do que, durmo no hall de entrada. Não deu para agüentar.

8 meses:
- Sou um cão feliz! Tenho o calor de um lar; sinto-me tão seguro, tão protegido... Acho que a minha família humana me ama e me consente muitas coisas. O pátio é todinho para mim e, às vezes, me excedo, cavando na terra como meus antepassados, os lobos quando escondiam a comida. Nunca me educam. Deve ser correto tudo o que faço.!

12 meses:
- Hoje completo um ano. Sou um cão adulto.
Meus donos dizem que cresci mais do que eles esperavam. Que orgulho devem ter de mim!

13 meses:
- Hoje me acorrentaram e fico quase sem poder movimentar-me até onde tem um raio de sol ou quando quero alguma sombra.
Dizem que vão me observar e que sou um ingrato. Não compreendo nada do que está acontecendo.

15 meses:
- Já nada é igual... Moro na varanda. Sinto-me muito só. Minha família já não me quer! Às vezes esquecem que tenho fome e sede. Quando chove, não tenho teto que me abrigue...

16 meses:
- Hoje me desceram da varanda. Estou certo de que minha família me perdoou. Eu fiquei tão contente que pulava com gosto. Meu rabo parecia um ventilador. Além disso, vão levar-me a passear em sua companhia!

Nos direcionamos para a rodovia e, de repente, pararam o automóvel. Abriram a porta e eu desci feliz, pensando que passaríamos nosso dia no campo. Não compreendo porque fecharam a porta e se foram. "Ouçam, Esperem!" lati... se esqueceram de mim... Corri atrás do carro com todas as minhas forcas. Minha angústia crescia ao perceber que quase perdia o fôlego e eles não paravam. Haviam me esquecido.

17 meses:
- Procurei em vão achar o caminho de volta ao lar. Estou e sinto-me perdido! No meu caminho existem pessoas de bom coração que me olham com tristeza e me dão algum alimento. Eu lhes agradeço com o meu olhar, desde o fundo de minh'alma. Eu gostaria que me adotassem: seria leal como ninguém!

Mas somente dizem: "pobre cãozinho, deve ter se perdido."

18 meses:
- Um dia destes, passei perto de uma escola e vi muitas crianças e jovens como meus "irmãozinhos". Aproximei-me e um grupo deles, rindo, me jogou uma chuva de pedras "para ver quem tinha melhor pontaria". Uma dessas pedras feriu-me o olho e desde então, não enxergo com ele.

19 meses:
- Parece mentira Quando estava mais bonito, tinham compaixão de mim. Já estou muito fraco; meu aspecto mudou. Perdi o meu olho e as pessoas me mostram a vassoura quando pretendo deitar-me numa pequena sombra.

20 meses:
- Quase não posso mover-me! Hoje, ao tentar atravessar a rua por onde passam os carros, um me jogou! Eu estava no lugar seguro chamado "calçada", mas nunca esquecerei o olhar de satisfação do condutor, que até se vangloriou por acertar-me. Quisera que tivesse matado! Mas só me deslocou as cadeiras! A dor e terrível!

Minhas patas traseiras não me obedecem e com dificuldade arrastei-me até a relva, na beira do caminho.

Faz dez dias que estou embaixo do sol, da chuva, do frio, sem comer. Já não posso mexer-me! A dor é insuportável! Sinto-me muito mal; fiquei num lugar úmido e parece que até o meu pelo esta caindo...

Algumas pessoas passam e nem me vêem; outras dizem: "não chegue perto". Já estou quase inconsciente; mas alguma força estranha me faz abrir os olhos. A doçura de sua voz me fez reagir. "Pobre cãozinho, olha como te deixaram", dizia... junto com ela estava um senhor de avental branco. Começou a tocar-me e disse: "Sinto muito senhora, mas este cão já não tem remédio". É melhor que pare de sofrer “.

A gentil dama, com as lágrimas rolando pelo rosto, concordou. Como pude, mexi o rabo e olhei-a, agradecendo-lhe que me ajudasse a descansar. Somente senti a picada da injeção e dormi para sempre, pensando em porque tive que nascer se ninguém me queria...
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Para aqueles que pensam em ter um bichinho, sem ter condições de criá-lo...animais são mais indefesos do que crianças. Não é por seu tamanho e força que se vê o quanto precisam de nós


domingo, 28 de maio de 2006
Exercício de Imaginação

Pensemos na seguinte hipótese: Uma parente seu, amigo, alguém que lhe seja bastante chegado, vai viajar. Compra a passagem. Faz o check-list. Despacha a bagagem. Passa pela Vistoria eletrônica. Aperta o cinto. Reza. Come amendoins. Decola..voa. Voa. Voa mais um pouco. Começa a descer. A descer mais. Muito mais. Tá caindo. Bum.

Essa pessoa querida a você, não existe mais.

Passam-se meses. Inquéritos, investigações, perícias, caixas-pretas (que são laranjas..), etc; ao final, se descobre que a causa do acidente foi falta de combustível. Os cálculos de consumo não estavam corretos.

A empresa aérea sugere aos parentes das vítimas processarem a petrolífera, por não produzirem um combustível com maior autonomia de vôo.

Absurdo não?

Não.

De certa forma, é o que está sendo feito nas prisões paulistas. Há falhas de segurança, que permitem a entrada de celulares. O que o governo faz? ordena as operadoras para que tomem providências para que os celulares não operem nas imediações das prisões. Os custos, claro, saem por conta das operadoras. Assim como as ações judiciais que as ditas operadoras terão que responder, devido aos usuários que moram próximos a presídios, e que não vão conseguir falar no seu aparelho (quem mandou morarem ali?!).

Assim, eis que é resolvido o problema da segurança pública, a custo zero!. bem mais simples do que fazer revistas eficientes, ou instalar detectores de metais e aparelhos de raios-x (que não são caros). Isso, claro, sem falar no fato de que não incomodaremos os advogados (os maiores fornecedores de celulares), que são pessoas acima da lei, e que não podem ser revistados, onde já se viu?!?

Quero ir pro Alasca...

segunda-feira, 1 de maio de 2006
A Bola da Vez

Impressionante. É realmente Impressionante. EUA acabaram com o Iraque, e deixaram o estado Iraquiano em tal caos, que eles agora não precisam fazer mais nada para deixar a situação pior. A própria população se encarrega disso. O Irã, com seu plano de desenvolvimento Nuclear, começa a se tornar um alvo muito interessante para a fúria belicista, uma vez que tem armas de destruição em massa (se não comprovada, pelo menos latentes; não dá pra brincar com plutônio).Isso sem falar no petróleo. Novamente.
Agora, nossos amigos aqui dos Andes, inventaram essa de estatizar as refinarias estrangeiras. Simplesmente, invadiram , tomaram, sai daqui, que agora isso pertence ao povo Boliviano. Certo. Certíssimo. Como se não bastasse o Hugo pra nos criar problemas.

Bolívia e Venezuela, juntas, formam uma bela reserva de petróleo e Gás Natural.
Economicamente tentador. As duas, são governadas por Fósseis caudilhos, uma verdadeira ameaça (por mais ridícula que seja) ao bom senso. Política e Ideologicamente tentador. As 2 tem território na Floresta Amazônica, onde sabemos, não há fronteira. Cientificamente tentador.

Certo, certinho.

Bem, se vocês acham que estou sendo alarmista, tudo bem, Acho que não teremos que esperar maia 10 anos para uma invasão, devido à riqueza de nossa bacia hidrográfica (i.e., disponibilidade de água potável).

O que é mais engraçado: No passado, os homens das cavernas guerreavam com outras tribos por campos de caça...há alguma diferença?....

domingo, 30 de abril de 2006
Dicionário de Sirfista!


Para aqueles que precisarem se comunicar com seres de outro planeta( são...acreditem, ,são ), ai vai:

Abalô - Quando o mano sangue bão rola a parada sem vacilar.
Aí - Pronome demonstrativo do lance de alguma parada.
Demorô - Vacilo de neguinho sinistro.
Esquema - Parada sinistra onde se o mano vacilar, vira uma roubada.
Fissura - O lance que pinta antes da parada rolar.
Issa! - Abreviatura de Iiiiisssaaaaaaaa !
Lance - Espécie de parada que de repente rola.
Mandar bem - Rolar um lance radical.
Maneiro - Adjetivo qualificativo do lance.
Maneiríssimo - O mesmo que maneiro, só que mais maneiro.
Mina - Representante do sexo feminino.
Mano - Rapá sangue bão.
Num pega nada - O mesmo que "Tô ligado", mas é mais formal.
Parada - Espécie de lance que de repente rola.
Pega - Rolar uma parada com uma mina.
Pegão - Dar uns pega violento.
Pô - Contrário de Issa.
Pôoooooooooo - Contrário de Iiiiisssaaaaaaaa!
Pôrra - Equivale ao ponto final.
Radical - Mina ou mano que não vacilou nem demorô.
Rapá - O mesmo que neguinho, mas menos formal.
Roubada - Parada sem Issa.
Sangue Bão - Neguinho maneiro que não vacila na parada.
Sinistro - Rapá sangue bão que demorô mas abalô.
Sóoo, meu - Afirmativo. O oposto de "Xéee, meu".
Tipo assim - Equivale a vírgula.
Tô ligado - O mesmo que "Sóoo, meu" mas não pode ser usado em uma fissura.
X - Forma de assinar o nome.
Xéee, meu - Negativo. O oposto de "Sóoo, meu".


Uma prece do passado, que espero que não se repita

Um dia, a Fada me disse que, muito tempo atrás, ela fez uma prece por mim. Não sei exatamente o que ela disse, mas sei o conteúdo. Acho que ela não sabia que existia algo que se encaixava tão bem com o que ela sentia, e que me tocou profundamente,m quando ela me disse.

Fada, Obrigado

If I should stay,
I would only be in your way.
So I'll go, but I know
I'll think of you every step of the way.

And I will always love you.
I will always love you.
You, my darling you. Hmm.

Bittersweet memories
that is all I'm taking with me.
So, goodbye.
Please, don't cry.
We both know
I'm not what you, you need.

And I will always love you.
I will always love you.

I hope life treats you kind
And I hope you have all you've dreamed of.
And I wish to you, joy and happiness.
But above all this, I wish you love.

And I will always love you.
I will always love you.
I will always love you.
I will always love you.
I will always love you.
I, I will always love you.

You, darling, I love you.
Ooh, I'll always, I'll always love you.
Se eu ficasse,
Eu apenas estaria em seu caminho.
Portanto eu partirei, mas sei que
Eu pensarei em você a cada passo do caminho.

E eu sempre amarei você,
Eu sempre amarei você.
Você, meu querido, você...

Lembranças agridoces
É tudo que estou levando comigo.
Portanto adeus.
Por favor, não chore.
Ambos sabemos que
Eu não sou o que você, você precisa...

E eu sempre amarei você,
Eu sempre amarei você.

Eu espero que a vida te trate bem,
E espero que você obtenha tudo o que tem sonhado.
E eu desejo para você, prazer e felicidade.
Mas, acima disso tudo, eu desejo para você amor.

E eu sempre amarei você,
Eu sempre amarei você.
Eu sempre amarei você,
Eu sempre amarei você,
Eu sempre amarei você,
Eu, eu sempre amarei você.

Você, querido, eu amo você.
Ooh, eu sempre, eu sempre amarei você...


Vida de responsabilidades...

Trabalhar. Casa. Trabalhar. Casa, trânsito, chegar vivo, pavilhão, não querer estar vivo pra sair de casa e poder continuar dentro de casa, Fada ( a parte boa ), família, família dela, mudanças de planos, estudo à noite ( para ambos ), cursos a serem feitos, investimentos, dormir, acordar, se divertir e descansar ( quando dá ), encontrar os amigos (se eles também puderem), chorar uma perda e uma injustiça grande com alguém que se ama, ter medo, levantar a cabeça, brigar, fazer as pazes, cuidar de peixes, de bonsai, torcer pras cebolinhas crescerem, ler, ler mais um pouco, rir quando dá e quando não deve, encantar, ser encantado, engordar, fechar a boca, olhar a panela de brigadeiro, namorar geladeiras, arrumar a casa, correr pra salvar alguém em perigo, fazer política, torcer pra ser chamado, estudar caminhos e roteiros, ficar feliz por não ter instalado o rádio no carro, fugir de chuva, pintar alguma coisa, escrever no blog quando dá, brigar com a internet, brigar com a burocracia, não se conformar, ter preguiça de levantar quando esta acompanhado, passar algumas noites só...

É, vida de casado não é fácil. E quem disse que não é boa?;-)


terça-feira, 25 de abril de 2006
Ana

Sei que você esta numa fase difícil. mas estou aqui. Agora. Sempre.
Te amo


Você é o mais valente dos corações, você é a mais forte das almas,
Você é a minha luz na escuridão, você é o lugar que chamo de lar.
Você pode dizer que está tudo bem,
mas eu sei que no fundo você está desmoronando.
Eu vejo isso em seus olhos.
Até mesmo você enfrenta a noite com medo e só
É por isso que estarei aí

Quando a tempestade surge, quando as sombras descem,
A cada batida do meu coração, a cada dia sem fim,
A cada segundo que viver, esta é a promessa que faço
Baby, isto é o que darei, se isto é o que for preciso,
Se isto é o que for preciso...

Você pode adormecer em meus braços, você não tem de explicar.
Quando seu coração estiver gritando, sussurre meu nome,
Pois eu busco você quando o trovão está estalando acima.
Você me entrega o seu amor
Quando sorri como o sol que brilha em meio à dor,
É por isso que estarei lá...

Quando a tempestade surge, quando as sombras descem,
A cada batida do meu coração, a cada dia sem fim,
Eu permanecerei como uma rocha, eu me curvarei até quebrar,
Até que não haja nada mais para ceder, se isto é o que for preciso.
Eu arriscarei tudo, eu lutarei, eu sangrarei
Eu sacrificarei minha vida se isto é o que você precisa.
Cada segundo que viver, esta é a promessa que faço,
isto é o que darei, se isto é o que for preciso...

Através do vento e da chuva, através da fumaça e do fogo,
Quando o medo surgir, quando a onda estiver mais alta,
Eu sacrificarei meu coração, meu corpo, minha alma,
Eu persistirei durante toda a noite e nunca desistirei.
Cada segundo que viver, esta é a promessa que faço,
isto é o que darei, se isto é o que for preciso.

Eu te segurarei a noite toda
E nunca te deixarei só
Se isso é o que for preciso,
Todo dia
Se isso é o que for preciso,
Todo dia



quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006
Sobre A Marcha

bem, voltando as criticas de sempre...

Fomos ver o filme a Marcha do Imperador ( prefiro esse título, ao Marcha dos Pingüins ), e me satisfez muito...lamentei foi uma crítica que li sobre o documentário, que reproduzo a seguir:

Ao longo das últimas oito décadas, desde que Robert Flaherty (o 'pai' do Documentário) lançou seu belíssimo Nanook do Norte, vários teóricos (entre eles, André Bazin) já discutiram sobre a natureza dos filmes documentais e suas técnicas narrativas - e um dos conceitos mais interessantes estabelecidos nestes debates diz respeito à maneira com que reagimos ao sermos apresentados aos universos retratados por estes projetos: mergulhados em realidades distantes de nossa própria experiência, encaramos o que surge na tela com uma curiosidade similar à que sentimos ao vermos um ataque alienígena, um casal que troca de corpos ou praticantes de artes marciais que desafiam a gravidade. Em outras palavras, encaramos os fatos documentados pela câmera como se estivéssemos acompanhando uma história fantasiosa qualquer - uma percepção que é ainda mais ressaltada pelas técnicas narrativas adotadas pelos documentaristas para prender a atenção do espectador (técnicas e estruturas que vêm da ficção). Desta forma, não é incorreto dizer que até mesmo os documentários podem - e devem - ser encarados também como filmes de 'ficção'.

Isto fica muito claro neste excepcional A Marcha dos Pingüins, dirigido pelo estreante Luc Jacquet, que acompanha o ciclo reprodutivo anual do pingüim-imperador: depois de três meses no oceano, milhares destes animais iniciam uma jornada de quilômetros rumo ao local no qual se reunirão a fim de escolherem um parceiro. Depois do acasalamento, os pingüins permanecem ali por meses até que a fêmea bote um ovo - que é logo entregue aos cuidados do macho, que o protegerá e o manterá aquecido enquanto sua parceira retorna ao mar a fim de se alimentar - e, ao retornar (meses depois), ela poderá alimentar o filhote ao regurgitar parte de suas reservas. É então que o pai, já devolvendo o filhote recém-nascido para a fêmea, inicia mais uma longa jornada rumo ao mar. Quando a família finalmente volta a se encontrar, os filhotes já são capazes de andar, de suportar o frio e de nadar.

É, obviamente, um processo absurdamente desgastante que foi refinado ao longo dos séculos com o propósito de proporcionar maior chance aos filhotes, já que, se estivessem muito próximos do mar quando o 'verão' (um termo relativo na Antártica) chegasse, certamente morreriam afogados ou seriam facilmente devorados pelos predadores. Assim, com seu andar desengonçado (e deliciosamente engraçadinho), os pingüins refazem a viagem anualmente, sendo capazes de encontrar seu destino mesmo com as constantes mudanças na paisagem que os cerca - e é impressionante perceber como a maioria consegue sobreviver a tantos obstáculos: alguns se perdem no caminho e morrem de frio e fome; outros são devorados por leões-marinhos; alguns ovos goram ao permanecerem sobre o gelo por alguns segundos a mais do que o ideal, no momento em que as fêmeas os entregam aos machos; e, como se não bastasse, os filhotes recém-nascidos são perseguidos por outras aves.

Contando com dois diretores de fotografia, A Marcha dos Pingüins traz um cenário impressionante, com suas geleiras imensas e a sempre fascinante aurora austral - e o filme nos oferece vários planos gerais que se encarregam de ilustrar a vastidão daquele mundo, além de outros planos subaquáticos que contrapõem a lentidão terrestre dos animais à incrível agilidade que demonstram como nadadores. Além disso, o cineasta Luc Jacquet captura, em quadros mais fechados, detalhes surpreendentes e reveladores de todo o 'ritual', como o momento em que um pequeno pingüim começa a romper a casca do ovo sob a plumagem protetora do pai. Da mesma forma, a equipe responsável pela captação do som faz um trabalho admirável, superando os obstáculos impostos pelo ambiente hostil ao gravarem desde os passos dos pingüins no gelo até o triste canto de uma fêmea cujo filhote não resistiu ao frio.

Adotando uma locução imaginativa e envolvente, o filme utiliza as vozes de três atores (um homem, uma mulher e uma criança) que fornecem as informações necessárias sempre na primeira pessoa, assumindo o 'ponto de vista' dos pingüins, o que aumenta o vínculo emocional entre o espectador e os animais (mas apenas nas versões francesa e brasileira; a americana, conservadora, emprega uma abordagem mais formal e traz apenas Morgan Freeman numa narração convencional). Em certo momento, por exemplo, ouvimos a voz infantil de um filhote explicando o que 'sente' com relação às viagens empreendidas pelos pais: 'Os adultos têm dois lados: o branco é bom, significa barrigas cheias chegando. Já o preto é ruim; são as barrigas vazias indo. Nós somos diferentes, somos completamente cinzas: estamos sempre com fome'.

Se há uma 'falha' em A Marcha dos Pingüins, esta diz respeito à visão romantizada que o documentário oferece sobre o ritual anual destas aves atípicas, como se os animais fossem movidos por 'amor' aos filhotes. Neste aspecto, o diretor Luc Jacquet comete o erro básico de antropormorfizar os pingüins, atribuindo a estes sentimentos que não se aplicam. As ações dos animais refletem simplesmente a luta pela sobrevivência da espécie e os mecanismos desenvolvidos para enfrentarem a Natureza (neste sentido, A Marcha dos Pingüins não é muito diferente de Nanook do Norte); não é 'amor' o que vemos aqui, mas puro pragmatismo. Se fosse 'amor', as mães não se manteriam afastadas enquanto predadores atacam seus filhotes e não partiriam ao lado dos companheiros, deixando os filhotes (ainda incapazes de nadar) para trás.

Amar significa ser capaz de atos irracionais com relação ao ser amado. E, embora animais irracionais por definição, estes pingüins demonstram um senso prático inquestionável em todas as suas atitudes. Quando se sacrificam por seus filhotes (passando fome, por exemplo), estão apenas fazendo aquilo que seus pais fizeram e que a geração seguinte certamente fará: procurando garantir que, daqui a séculos, os pingüins-imperador continuarão a marchar sobre as geleiras da Antártica

Certo. Bem, não vou julgar a antromorfização dos pingüins...gostaria é de fazer uma pergunta a todos...será que o erro do ser humano em geral , não esta na humanização do ser humano? na maldita crença de que somos superiores? De que apenas nós temos amor, sentimentos, emoções, alma? será que, o que nós chamamos de amor, não está impresso em nosso código genético? os ferormônios existem para provar isso. O amor q uma mãe humana, sente por seu filho, não será também uma manifestação hereditária?

Acredito que, no momento em que o ser humano, se civilizou ( ocidentalmente falando, vou mexer na ferida ), se afastou dos animais e do Mundo...Tribos primitivas, vivem em Harmonia com o ambiente. Sociedades muito avançadas também o faziam ( vide Japão )...por quê nós, ditos civilizados, com ( alegados )sentimentos e emoções, não conseguimos ser evoluídos?

Nieztche disse que Deus esta morto. Não creio nisso. Acredito que ele lavou as mãos.

Talvez devamos aprender algo com os pingüins... eu aprendi

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006
Bem, Leitores, e Leitoras,

Eis-me de volta. Agora, casado com a Fada Azul, passo muito tempo fazendo muita coisa ( o primeiro mês de casado foi dose. Pra arrumar essa casa...mas valeu a pena ). E, claro, sem contar com a adaptação mútua, óbvio, afinal eram dois adultos, q moravam sozinhos a anos, sendo um deles ( eu ) territorial ao extremo ( não q eu tenha problemas em dividir minhas coisas com ela. Mas, sempre há alguma sensação estranha, mas nada que mereça registro.

Comentários sobre a Vida com a Fada? Poderia fazer diversos.Mas, eu sempre achei a comunicação humana muito falha. Não creio que faria justiça a minha dama, tentando falar sobre ela. Não faria mesmo.

Só consigo pensar em uma coisa a dizer, algo que ela entenderá, algo que lhe disse em nosso casamento, e que ninguém ouviu, e que levarei comigo sempre, em cada passo de uma longa luta que irá se iniciar:

Amim Mela Lle

Isso Ana, não são apenas palavras. São uma crença, são uma forma de vida, são uma escolha...



São como os pingüins

















Amor

Costuma-se dizer que, o amor vive no presente e no futuro, nunca no passado. Bem, isso é um fato. Mas, como todo fato, há algumas situações especiais

Dentro de algumas semanas, caso-me com a Fada Azul, e obviamente, como qualquer mortal do sexo masculino ( e feminino ), passo por alguns momentos de dúvida. Será que é isso mesmo que quero? Será que é o melhor pra mim? Será ela a pessoa certa? Serei eu a pessoa certa pra ela? Vou ser feliz. ela vai ser feliz, como será nossa vida, de que estou abrindo mão, o que ganharemos com isso, a amo realmente para casar, o que que vou vestir hoje (opa, esquece essa ! ), e por ai vai. Obviamente, me senti péssimo por me perguntar isso, e muito indigno dela. Mas, como sei que de certa forma, ela também se perguntou isso, bem, não me senti tão mal assim.Afinal de contas, ela tem o direito de se questionar quanto a casar com uma pessoa como eu ( ainda dá tempo de fugir, mas , honestamente, eu não gostaria disso, nem um pouco ).

Assim, andei mergulhando um bocado em mim mesmo, para tentar achar respostas a essa perguntas, e outras, que nem sequer consegui formular, quanto mais pensar...apenas as senti e só. ( essa minha maldita racionalidade, não querendo perder nunca, e estar sempre à frente...preciso realmente perder armaduras...obrigado, Sônia )

Assim, fiquei eu, remoendo pensamentos e sentimentos, tentando achar respostas a perguntas não formuladas, e rezando um bocado. E, olhando sempre pro hoje e pra frente. Bem, eis a surpresa.

Vindo do nada, me veio a recordação de 2 viagens que fiz, em que fiquei longe da Fada. A primeira a trabalho e, a segunda, a passeio. E lembrei-me o quanto senti a falta dela, Tá certo que nunca estamos muito próximos ( por hora ), mas ficar afastado dela mais do que o normal, foi dose. e , no segundo caso, em que a distância era bem maior, a saudade realmente doía. Não vi a hora de ligar pra ela, quando cheguei em Portugal, mas esperei até um horário apropriado. Nossa, foi muito bom me lembrar da sensação que tive ao falar com ela, do outro lado do atlântico. de lhe dizer que estava vivo, que o avião não tinha caído, de que iria voltar pra ela, que era seu...e todas essas coisas, ditas mesmo sem palavras...

Dizem que um dos defeitos que tenho é que olho muito pro passado. Pode ser. Mas, não me arrependo nem um pouquinho de olhar pra trás no que diz respeito a ela, e vejo a pessoa fantástica que ela é, os momentos que vivemos juntos, que, mesmo não tendo sido um conto de fadas, foram muito mais reais do que jamais supus, por um único motivo. Ela é uma mulher de verdade.


Interrompemos nossa transmissão para enviar uma carta

Carta Pra Gi

Oi Gi

Bem garota, você está começando sua grande aventura. Só você, e mais ninguém, saberá o que você esta passando e irá passar ( embora eu tenha uma certa noção, você elevou a dificuldade a enésima potência ). Mas, você foi atrás do que quis, sonhou e agora começa a torná-lo realidade. É capaz que o sonho não se torne real, exatamente da maneira como foi planejado, mas até ai? qual sonho sai exatamente como planejado? Mudanças acontecem, e sou o melhor exemplo disso.

Experiência de vida, tenho alguma , e poderia te ensinar algumas coisas, caso quisesse, mas conhecendo seu jeito, sei que prefere aprender por conta própria ( acho que é de família... ). Mas, há uma coisa que posso te passar que não esta em nenhum manual, e que me atirariam pedras:

Esqueça aquela conversa de fazer o que gosta, trabalhar com o que gosta. Por essa linha de raciocínio, todos trabalhariam como promoters de festas, ou vendendo sanduíches na praia. Aprendi e acredito, que devemos trabalhar com aquilo que é necessário e, se dermos sorte, aprenderemos a gostar. Pois no ramo de trabalho, há 3 níveis: ou você gosta de uma coisa, ou a tolera ( indiferença ), ou a detesta. Evite apenas as coisas que detesta, a menos que não tenha nenhuma escolha. As outras 2 opções, consegue se lidar.

A satisfação de trabalho, não vêm necessariamente de se trabalhar com o que se gosta. Vem de um serviço bem feito.

Uma equação lógica: de que adianta se trabalhar com algo que se gosta, ganhar pouco e não se fazer mais nada do que se gosta, por falta de capital? Ë preferível trabalhar com algo que não se gosta tanto, mas que dê renda o suficiente, para se fazer as coisas que realmente gosta. Esse foi um dos motivos principais porque virei as costas à biologia. De que me adiantaria salvar as baleias, se me faltasse comida em casa? De que me adiantaria preservar a Amazônia, tendo que andar a pé? Acredito que posso ser mais útil as pessoas que já trabalham com isso, mandando-lhes donativos, do que sendo mais um nas suas fileiras, e sem recursos para me manter.

O por quê disso tudo? Pode ser que, em algum momento, durante sua estada ai em Portugal, você se sinta assustada, com medo, sozinha, e se perguntando o que diabos esta fazendo ai, e se é realmente esse curso que você quer fazer. Quando isso acontecer, pense nisso tudo que você acabou de ler. Não tome nenhuma decisão em momentos de baixo astral, pois essa decisão será afetada pelas emoções do momento. Deixe passar o temporal, e depois pense no que quer. Esse conselho ninguém me deu, tive que aprendê-lo na raça. Afinal de contas, acho muito injusto pedir a qualquer pessoa que diga o que quer pra sua vida, principalmente quando se têm 17, 18 anos. Ë mais fácil dizer o que NÃO se quer. Pense nisso.

Bem, acho que é isso; de resto, tudo que posso lhe desejar é coragem e força, porque não vou lhe iludir dizendo que será fácil. Você já deve estar descobrindo isso. Mas nada que não possa ser superado.

Um beijo

Fi


Bem, vamos lá.

Voltando a escrever aqui, vou dar uma passada rápida sobre os últimos acontecimentos. A reforma terminou, e vai começar de novo, graças a um erro do pedreiro, e inexperiência minha; Os móveis estão ok, com exceção de algumas coisinhas que estão faltando, mas podem aguardar; Os detalhes do casamento estão andando muito bem, obrigado; o cronograma está sendo obedecido; minha situação profissional está uma grande incógnita para o ano que vêm; Maluf foi preso; Severino caiu fora; o Lula ainda não entendeu o que um Presidente têm que fazer; mais algum famoso(a) deve ter se tornado ou deixado de ser famoso(a); mais atentados no oriente médio; volta do programa espacial americano, com a idéia de mandar o homem pra lua ( nada contra, mas não poderiam mandar pro fundo do mar? );o Sudeste Americano ficou debaixo d'água ( pobre Nova Órleans...espero que a Megan esteja bem...); minha irmã esta indo estudar em Portugal; ano que vêm tenho que renovar minha carteira de motorista, o que é um problema sério, já que implica em fazer transplante de córnea ( inferno ); meus prazos estão encurtando, e ainda tenho muito o que fazer; coisas demais, e o $ anda curto; meu computador anda meio esclerosado, tanto é que estou digitando isto no wordpad, uma vez que meu word do office não salva nada; Recebi um postal da Angélica, tendo a Ariel como tema ( obrigado, beijo ); acredito que muitos dos meus convidados não virão ao meu casamento, uma vez que bate com os 35 anos da Ufscar, quando ocorrera encontro de ex-alunos, e como muitos deles moram lá em São Carlos...; espero estar fazendo a coisa certa; meu escritório esta de lado ainda...sniff


Tá, tá

sei que é redundância, mas não resisti. Além disso, realmente estou muito bem na foto, pq segundo a fada, eu tenho o melhor do Retro e do Metro sexual...sou ou não uma Mega-sena?

(Matéria retirada do site Homem Chavão )


Retrossexual? Manual-chavão para entender um homem à antiga

Se você é do tipo que diz "o homem está em extinção", "o homem está ultrapassado" e outras asneiras pretensamente feministas, tome ciência de que ainda há um ou outro ogro perdido por aí. Que nada, são vários, milhões. O que ocorre é que resolveram afrescalhar o termo: um instituto francês de pesquisas (tinha que ser...) acaba de concluir um estudo mundial sobre tendências de consumo no qual se passa a chamar o espécime de retrossexual (de retrô, ou algo como "homem à moda antiga").
Se tem "tendência de consumo", tem listinha de "códigos de conduta". Se tem listinha, ferrou, virou chavão. O retrossexual é uma espécie de antítese do metrossexual - este, como se sabe, não se diz fruta, embora gaste 35% de seu orçamento mensal em cremes para o rosto e os cotovelos. A revista IstoÉ Dinheiro aborda o tema na edição desta semana. Com base na didática e bem-humorada matéria, eis aí as...

Atitudes-chavão de um retrossexual

- Um retrossexual não apenas come carne vermelha como ele mesmo mata a sua carne vermelha

- Na seção de produtos de higiene pessoal do supermercado, tudo o que o retrossexual precisa está em uma única prateleira - no máximo em duas, se você considerar as lâminas de barbear

- Um retrossexual sabe como fazer um nó Windsor na gravata. E só o nó Windsor

- Um retrossexual só pode chorar na morte de um ente querido, de um animal de estimação (peixinho de aquário não conta) ou se perder uma parte importante do corpo

- Os filmes favoritos do retrossexual são "Duro de Matar", "O Poderoso Chefão I, II e III", "Apocalypse Now" e todos do Clint Eastwood (menos "As Pontes de Madison")

- Um retrossexual sabe afiar suas próprias facas

- Um retrossexual não precisa de contrato. Um aperto de mão é suficiente

- Um retrossexual vai ao barbeiro, jamais ao cabeleireiro

- Um retrossexual compra suas roupas na mesma loja há anos, não dá a mínima para grifes nem sabe direito o que é design

- Um retrossexual toma banho com água, sabonete (o que tiver) e xampu (se tiver)

- Um retrossexual de jeito nenhum encosta a barriga (ele tem barriga, sim, algum problema?) no balcão do bar para pedir uma Smirnoff Ice

- Um retrossexual tem no guarda-roupa terno preto, cinza escuro ou azul-marinho. Camisa branca ou azul (o turquesa é questionável). Acessórios? Cinto. Nas malhas admite-se verde e até cor-de-vinho. E chega

. Referência

Segundo a matéria, se o símbolo dos metrossexuais é David Beckham, o dos retrossexuais "está mais para Clint Eastwood em filme de Sergio Leone". Este é o figurino básico de Clint em filme de Sergio Leone e este aqui é o personagem.

. Consumo

A IstoÉ Dinheiro ouviu lojistas que, pelo que se detectou, vendem para esse novo-velho homem. O que dizem:
- Lojas Colombo - "não é preciso 'queimar' coleção em liquidações. O que não vendeu neste verão vai vender no próximo (...)"
- Azzurro - vende utensílios "de homem que é homem": kit churrasco, dominó, pijamas, carteiras de couro, cachaças, conhaques, charutos...
- Victorinox - ampliou maciçamente as vendas ao fazer uma coisa banal: em vez de colocar nas vitrines canivetes fechados, passou a deixá-los abertos
- Bozzano - mais ou menos 85% das loções pós-barba vendidas pela empresa levam álcool em sua composição. "Retrossexual que é retrossexual tem que sentir a pele arder, senão o produto não é eficaz. E estamos conversados", diz a revista

O tal "manual-chavão de um retrossexual" tem ainda tópicos como "um retrossexual não se preocupa em viver até os 90 anos. O que importa não é o tempo, e sim a maneira como você vive. Se você chegar aos 90 anos ainda bebendo e fumando cigarros, maravilha!".